Queda de cabelo ou alopécia: tudo o que é preciso saber

A queda de cabelo, chamada alopécia, é uma disfunção capilar que pode atingir qualquer pessoa. Quais são as suas causas e os sintomas associados? Como curar? Tudo o que é preciso saber para lutar contra esta patologia.

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Conteúdos

O que é a queda de cabelo?

Por trás da queda de cabelo, que pode parecer banal, esconde-se um verdadeiro motivo de consulta. Na realidade, não existe uma queda de cabelo, mas vários tipos de quedas, com causas diferentes. As principais são classificadas da seguinte forma pelos profissionais de saúde:

  • A queda ocasional de aparecimento brutal, chamada eflúvio telógeno agudo;
  • A queda progressiva e prolongada, chamada eflúvio telógeno crônico;
  • A queda de cabelo ligada a distúrbios hormonais dentro de um contexto de terreno genético, ou alopécia androgenética;
  • E, finalmente, com a idade, uma perda de densidade e de massa capilar, chamada alopécia senescente.

Todos estes tipos de quedas são diferentes pois devem-se a modificações diferentes do ciclo do cabelo (ciclo piloso) e, por isso, devem ser tratadas de maneiras diferentes. A queda de cabelo quotidiana pode ser considerada como uma disfunção benigna, mas pode provocar uma grande aflição psicológica nos pacientes atingidos. Trata-se de um motivo de consulta frequente à dermatologia. O objetivo é encontrar a ou as causas da queda de cabelo. No entanto, identificar a origem de um mal nem sempre é simples.

Queda de cabelo ocasional

Também chamada eflúvio telógeno agudo, constitui a forma mais comum de queda de cabelo difusa. É caracterizada pela ocorrência de um aumento da queda de cabelo 3 a 4 meses após um fator desencadeante. É por isso que é mais correntemente chamada “queda reacional”. O estresse, um choque emocional, a fadiga, uma alimentação desequilibrada, um regime e as mudanças de estação, o período do pós-parto, por exemplo, podem ser a origem. O ciclo capilar fica então perturbado, resultando numa perda precipitada, difusa e simultânea de cabelo. A proporção de cabelo em fase de crescimento ativo (fase anágena) passa então a 70% (vs 85% no nível fisiológico) enquanto a proporção em fase de eliminação (fase telógena) aumenta 30% (vs menos de 10%). Consequência: a queda de cabelo pode atingir 300 cabelos por dia contra 25 a 60 habitualmente num couro cabeludo normal. A queda de cabelo sazonal, a que ocorre pós-parto ou ainda a que está ligada a uma carência alimentar, são todas quedas de cabelo que acontecem brutalmente e que duram menos de 6 meses.

Os diferentes tipos e as causas das quedas de cabelo ocasionais

  • A queda de cabelo sazonal. Como as folhas das árvores caem no outono, os cabelos podem sofrer uma queda passageira na chegada da primavera e do outono.
  • A queda de cabelo devida ao stress e à fadiga. Face a um choque emocional, a um estresse intenso ou a uma ansiedade, o corpo responde de diferentes formas. A queda de cabelo pode ser uma delas.
  • A queda de cabelo ligada a uma carência alimentar. Quando o organismo, o couro cabeludo, tem falta de vitaminas e de minerais, os cabelos ficam fragilizados e podem cair com maior facilidade. É o corpo que dá o sinal de alarme: precisa de uma alimentação sadia e equilibrada, rica em vitaminas, proteínas e minerais como o ferro e o zinco.
  • A queda de cabelo pós-parto. Os hormônios têm um papel sobre a duração de vida dos cabelos. Assim, é comum observar uma melhora da qualidade dos cabelos e do seu crescimento durante a gravidez. A causa? A taxa de estrógeno que aumenta. Mas, uma vez terminada a gravidez, a baixa de estrógeno pode provocar uma modificação do ciclo capilar e desencadear a queda de cabelo. É o que se chama queda de cabelo “pós-parto”.
  • A queda de cabelo ligada a um tratamento médico. Certos tratamentos médicos pesados contra o cancro, nomeadamente a quimioterapia ou a radioterapia, provocam muitas vezes uma queda de cabelo. Esta queda é temporária, os cabelos voltam a crescer no final do tratamento.
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Queda de cabelo crônica

Chamada eflúvio telógeno crónico, pode aparecer em qualquer idade. A proporção das mulheres atingidas é amplamente maioritária em relação aos homens.

Esta queda de cabelo crônica pode também acontecer após uma forte febre, uma hemorragia, uma cirurgia, um estresse profundo, um desequilíbrio dos hormônios tireoidianos ou de um regime hipocalórico. Quando o fator desencadeante foi identificado e eliminado, a evolução da queda crônica é, evidentemente, mais favorável. O prazo é de cerca de 6 meses para observar um início de crescimento e o retorno ao estado inicial pode levar entre 12 e 18 meses. *

Sintomas da alopécia androgenética

A alopécia androgenética é uma forma de queda de cabelo progressiva e crônica (que dura mais de 6 meses). Mas, finalmente, o que é a alopécia? No que ela se caracteriza?
São episódios de queda de cabelo que evoluem para uma miniaturização do cabelo e que provocam uma diminuição da densidade capilar**. Para além dos sintomas da alopécia, é preciso saber que atinge 70 a 80% dos homens ao longo da vida e ocorre geralmente entre os 30 e 40 anos.

O mecanismo do aparecimento da alopécia androgenética, cuja forma mais comum é a calvície, é hormonal e envolve os receptores de andrógenos presentes na papila dérmica. Estes últimos são nomeadamente estimulados pela dihidrotestosterona (DHT), metabolismo ativo da testosterona. A estimulação dos receptores de andrógenos pela DHT ao nível do folículo piloso provoca a miniaturização do mesmo e o aparecimento de cabelos curtos e finos. A alopécia instala-se geralmente de forma progressiva. Esta alopécia atinge 29 a 42% das mulheres e ocorre mais entre os 20 e 40 anos***. A origem é mal conhecida. A queda diária é geralmente pequena (menos de 100 cabelos por dia) mas as mulheres sentem-se muito afetadas e queixam-se de uma perda de cabelo progressiva nas têmporas assim como uma diminuição da massa capilar.

Envelhecimento capilar ou alopécia senescente

Esta alopécia é observada após 60 anos e corresponde a um afinamento do cabelo, uma perda de densidade e do volume nas pessoas que nunca tiveram problema de queda antes e sem nenhum antecedente familiar.

Como reduzir a queda de cabelo (alopécia)?

O tratamento da queda de cabelo é um desafio para os pacientes assim como para os profissionais de saúde. Poucas alternativas terapêuticas são disponíveis. Se é possível tratar o eflúvio telógeno crónico e se a queda de cabelo ocasional é reversível, pode-se apenas abrandar a alopécia androgenética. Como? Atualmente existem dois tipos de tratamentos medicamentosos: o Minoxidil e os medicamentos antiandrógenos como a Finasterida. Em complemento, convém rever certos gestos do dia a dia. Então, o que fazer em caso de queda de cabelo?

• Em primeiro lugar, não demore a consultar um dermatologista, especialista da pele e do couro cabeludo, ou seu médico de família. Queda de cabelo ocasional, crónica ou alopécia androgenética e alopécia senescente? Ele saberá dar o bom diagnóstico e, consequentemente, orientar da melhor forma possível quanto à boa atitude a adotar em matéria de tratamento e de cuidados.
• Em casa, troque os seus cuidados habituais e muito agressivos por cuidados capilares suaves. Shampoo, após shampoo, loção antiqueda… o objetivo é manter a boa saúde do seu couro cabeludo.
• Da mesma forma, trate o seu cabelo com a maior delicadeza. Renuncie às escovadas muito intensas e aos penteados muito repuxados que podem, devido às trações exercidas sobre o cabelo, quebra-lo ou provocar a queda. Se sentir os seus cabelos fragilizados, deixe de pintar durante algum tempo.
• Todos os dias, faça uma massagem no couro cabeludo. Dois minutos são suficientes para estimular o fluxo sanguíneo para o cabelo e para fornecer todos os nutrientes necessários ao seu crescimento.
Observe a composição do seu prato. A alimentação tem um papel primordial na queda de cabelo. Para evitar a queda, o cabelo precisa de vitaminas e de minerais em boa quantidade.
Nas mudanças das estações-chave, que são o outono e a primavera, comece uma cura de complementos alimentares. Os que são à base de vitaminas e minerais podem constituir uma boa opção terapêutica adicional devido ao papel essencial que têm sobre a fisiologia do cabelo.

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